O delegado Paulo William Oliveira Bittencourt, que assumiu o plantão às 8h de hoje na 91ª Delegacia de Polícia de São Paulo (Vila Leopoldina), informou há pouco que o corpo do lutador de jiu-jitsu Ryan Gracie foi encontrado por volta de 8h da manhã de hoje durante a checagem da carceragem. Bittencourt informou que ele e o carcereiro encontraram Gracie deitado de lado, como se estivesse dormindo. "Quando o encontramos, ele dava sinais de falta de consciência. Chamamos pelo nome, mas ele não respondeu. Então pedi para abrir a cela, tomando os cuidados necessários para que não fosse uma possível tentativa de fuga. Tomamos a pulsação e verificamos que não havia pulso", relatou o delegado.
Segundo ele, Gracie tinha um líquido avermelhado saindo pela boca, o que lhe pareceu um quadro de problemas cardíacos. O delegado informou ainda que havia três presos na cela ao lado e que perguntou a eles se Gracie chegou a pedir socorro ou dar sinais de que estaria passando mal, mas eles negaram. Os presos próximos, entretanto, relataram que o lutador parecia respirar com dificuldade.
Bittencourt afirmou que uma comprovação para a causa real da morte só poderá ser obtida por meio laudo do exame necroscópico, que deve ficar pronto num prazo médio de 30 dias. Esse exame retira material dos tecidos dos órgãos para identificar a presença de substâncias tóxicas no organismo.
Questionado sobre a normalidade do procedimento de atendimento por um médico particular a um preso, o delegado respondeu que isso é permitido desde que seja um médico do preso indicado pela família. "Como ele já era um médico de confiança e tratava do preso, seria a pessoa indicada. Mas eu não estava aqui", frisou o delegado de plantão. Bittencourt não soube dizer se alguém checou a medicação aplicada pelo médico, e declarou que só outro médico poderia avaliar se o procedimento foi correto ou não. Assim, Bittencourt disse que não pode afirmar de quem é a responsabilidade. Ele disse ainda que não há elementos para deter o médico antes de ter acesso ao laudo necroscópico, que sairá em 30 dias. Mas o depoimento do médico e dos presos da cela ao lado já foram tomados, acrescentou.
O delegado não soube informar se Gracie tinha se alimentado, mas presumiu que sim. Ele confirmou que a Corregedoria da Polícia está acompanhando o caso porque a morte ocorreu dentro de uma unidade prisional, e que a conduta dos funcionários que o receberam será apurada. Disse ainda que o delegado titular interino José Bella já foi informado e que deverá instalar o inquérito.
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com
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